No passado havia uma distância muito grande entre pais e filhos, a educação era muito rígida e severa, composta por limites castradores e, não raramente, castigos corporais e humilhantes. Com o tempo, felizmente, muitas mudanças se operaram nessa relação e os pais gradualmente foram se aproximando de seus filhos.
O problema é quando os pais se tornam antirrepressivos e têm dificuldades para impor limites aos filhos. Então deixam que seus filhos façam o que querem, passem da conta e se tornem indisciplinados e arredios a qualquer determinação dos adultos. Do autoritário ao permissivo, dois comportamentos radicais e nocivos para a educação.
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Atenção
Crianças e adolescentes sem limites, não se sentem amados. É algo como um sentimento de que os pais não se importam com eles, já que não se importam com o que eles fazem. Inseguros afetivamente usam do mau comportamento para chamar a atenção dos pais. Segundo o psiquiatra Içami Tiba, em seu livro ‘Disciplina, limite na medida certa’:“Uma criança satisfeita dá liberdade para os pais. Estando insatisfeita, exige atenção o tempo inteiro”.
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Ação conjunta
É imprescindível que os pais ajam em sintonia na educação dos filhos; o casal precisa planejar as orientações que eles deverão seguir. Isso fará com que os filhos sintam uma confiança inabalável, assim, irão crer que podem contar com o amor e o apoio dos pais. Essa ação conjunta é sentida pelos filhos como expressão da grande importância que eles possuem na vida dos pais.
Medida certa
Bom senso é sempre a medida certa e é fundamental na educação. Segundo Içami Tiba, no livro citado acima: “O leite alimenta o corpo. O afeto, a alma. Criança sem alimento fica desnutrida. Criança sem afeto entra em depressão”. Crianças que ficam soltas demais tendem a se perder, a ficar sem referência. Assim, muito carinho aliado a um tratamento disciplinador, com limites claros e bem estabelecidos promove a segurança emocional que os filhos precisam.
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Confiança
O filho precisa ser convencido de que é amado e a disciplina é uma grande ferramenta. Estabelecendo regras, rotinas e desenvolvendo um vínculo saudável com os filhos, eles entenderão que não terão que apelar para revolta no sentido de chamar atenção e ganhar afeto. Dessa forma, não se sentirão ainda tentados a usar de meios autodestrutivos para chamar a atenção, tais como os vícios de modo geral. A confiança, juntamente com o amor, é o elo que deve prevalecer na relação pais e filhos.
Assertividade
Num momento os pais dizem “sim”, em outros “não”; primeiro aceitam, depois mudam de ideia. Os filhos não entendem porque uma hora podem e outra não e passam a desrespeitar as determinações dos pais. Os limites fazem parte da construção de todo indivíduo, mas os pais precisam estar atentos para utilizá-los de forma assertiva.
Os limites ajudam a formar a estrutura da personalidade dos filhos e, por tamanha importância, devem ser aplicados com todo cuidado. Mas nisso existe outro fator relevante, os pais nunca devem se esquecer de que os filhos aprendem por imitação e, portanto, eles devem exemplificar os limites que impõem. Coerência é fundamental!
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