Um problema cognitivo é uma dificuldade ou alteração no funcionamento mental, que afeta a capacidade de pensar, aprender, lembrar, concentrar-se, resolver problemas ou tomar decisões. Os problemas cognitivos podem ter diversas causas, como doenças neurológicas, lesões cerebrais, envelhecimento, estresse, ansiedade, depressão, uso de drogas ou medicamentos, entre outras.
Os problemas cognitivos podem se manifestar de diferentes formas e graus, dependendo da causa, da área do cérebro afetada e da pessoa. Alguns exemplos de o que é problema cognitivo são:
- Demência: é um declínio progressivo e irreversível das funções cognitivas, que compromete a memória, a linguagem, o raciocínio, o julgamento e a orientação. A demência mais comum é a doença de Alzheimer, mas existem outras causas, como a doença de Parkinson, a doença vascular cerebral, a doença de Huntington, entre outras.
- Dislexia: é um transtorno específico de aprendizagem, que dificulta a leitura e a escrita. A dislexia não está relacionada à inteligência ou à motivação da pessoa, mas sim a uma diferença na forma como o cérebro processa as informações visuais e auditivas.
- TDAH: é um transtorno do neurodesenvolvimento, que se caracteriza por desatenção, hiperatividade e impulsividade. O TDAH pode afetar o desempenho escolar, profissional e social da pessoa, bem como sua autoestima e saúde emocional.
- Afasia: é uma perda ou redução da capacidade de se comunicar verbalmente ou por escrito. A afasia pode ocorrer após um acidente vascular cerebral (AVC), um traumatismo craniano ou uma infecção cerebral. A afasia pode afetar a compreensão ou a expressão da linguagem, ou ambas.
- Apraxia: é uma dificuldade para realizar movimentos voluntários e coordenados. A apraxia pode ocorrer após uma lesão cerebral ou uma doença neurológica. A apraxia pode afetar os movimentos da boca (apraxia oral), das mãos (apraxia ideomotora) ou do corpo inteiro (apraxia ideativa).
Como tratar um problema cognitivo
O tratamento de um problema cognitivo depende da sua causa, do seu tipo e da sua gravidade. Em geral, o tratamento envolve uma equipe multidisciplinar, composta por médicos (neurologistas, psiquiatras, geriatras), psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais.
O tratamento pode incluir:
- Medicamentos: podem ser usados para tratar as causas subjacentes do problema cognitivo, como infecções, inflamações, alterações hormonais ou químicas no cérebro. Também podem ser usados para aliviar os sintomas associados ao problema cognitivo, como dor, ansiedade, depressão ou insônia.
- Reabilitação cognitiva: é um conjunto de técnicas e estratégias que visam estimular e melhorar as funções cognitivas afetadas pelo problema cognitivo. A reabilitação cognitiva pode envolver exercícios de memória, atenção, linguagem, raciocínio e outras habilidades mentais.
- Adaptação ambiental: consiste em modificar o ambiente físico e social da pessoa com problema cognitivo para facilitar sua autonomia e segurança. A adaptação ambiental pode envolver o uso de dispositivos auxiliares (como agendas, alarmes, etiquetas), a organização do espaço (como retirar objetos perigosos ou desnecessários), o apoio familiar e social (como orientar os cuidadores e familiares) e a participação em atividades significativas (como hobbies, lazer ou trabalho).
O objetivo do tratamento de um problema cognitivo é preservar ou recuperar o máximo possível das funções cognitivas da pessoa, bem como melhorar sua qualidade de vida e seu bem-estar emocional.